segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

TNM- Tradução do inglês ou dos originais grego e hebraico?

"Na realidade, os irmãos que trabalham na Comissão de Tradução da TNM não usam “somente o texto inglês” da New World Translation(Tradução do Novo em Inglês) ao produzirem a TNM para a  língua portuguesa. Trabalham com um software próprio, específico para isto, onde examinam verbos, substantivos e adjetivos em hebraico, aramaico e grego no momento de optarem pela melhor tradução do termo para o português. Em adição a isso, o software fornece estudo a respeito dos termos usados. 
Veja a declaração Oficial da própria Organização de Jeová: 

“O projeto da tradução da Bíblia tem dois estágios. No primeiro estágio, os tradutores recebem uma lista de palavras e de expressões usadas na Tradução do Novo Mundo em inglês. Termos ingleses relacionados, tais como os significando “expiar”, “expiação” e “propiciação”, são agrupados, alertando os tradutores a nuanças sutis de sentido. Estes compilam uma lista de equivalentes vernáculos. Às vezes, porém, o tradutor pode ter dificuldade em traduzir certo versículo. O sistema de pesquisa do computador fornece ao tradutor informações sobre os termos gregos e hebraicos e dá acesso às publicações da Torre de Vigia”.  A Sentinela de 15 de Outubro de 1999 (O destaque é nosso)"
 http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2014/08/11/e-a-tnm-uma-traducao-da-biblia-feita-somente-a-partir-do-ingles/

Resposta:
  • Na verdade a tradução em português já foi feita e concluída a muito tempo, onde apresenta a revisão de 1986,  a partir do texto Inglês e com consultas aos originais.
  •  Em suma, a TNM me português é uma tradução não dos originais, mas da versão inglesa, com consultas aos originais. 
  • Uma tradução de uma tradução

Imagem da parte interna da Bíblia Tradução do  Novo Mundo


Existe uma revisão do texto em inglês de 2013  http://www.jw.org/pt/publicacoes/biblia/?contentLanguageFilter=en
 Veja a citação do próprio site:
 " A TNM revisada, é uma tradução menos literal do que a sua versão anterior de 1986.  Ainda assim não pode ser chamada de forma alguma “paráfrase” visto que ela se encaixa melhor em uma tradução de equivalência dinâmica. Diferente da Tradução anterior que era mais literal em muitos casos. É obvio que há uma diferença entre a Tradução do Novo Mundo revisada e a anterior. A revisada se pauta em tornar o sentido dos originais mais “atual” e compreensível na linguagem do dia a dia. 
"http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2013/10/14/lancada-a-traducao-do-novo-mundo-edicao-de-2013-revisada/

"Baseada na Tradução do Novo Mundo em inglês (edição de 2013).
As línguas originais foram consultadas durante o processo de tradução."
 Resposta:
A TNM chegou bastante atrasada no Brasil pois há inúmeras versões de equivalência dinãmica  ou intermediarias entre essas  e as formais
  Formais:
  • Almeida Revista e Atualizada,
  • Almeida Contemporânea, 
  • Almeida Revisada, 
  • Almeida século 21, 
  • Almeida Revista e Corrigida,
  •  Almeida Corrigida e Revisada, 
  • Alfalit
  • Tradução Brasileira 

Equivalência dinâmica:

  • NTLH
Intermediárias
  • NVI


E ainda que fosse verdade a afirmação de que a TNM é feita somente a partir da tradução em inglês, jamais verá alguém comentando o caso das principais versões usadas no Brasil e nos Estados Unidos,  produzidas a partir do texto da Vulgata Latina ou de outros textos, que não os manuscritos padrões. Podemos citar exemplos bem conhecidos. Atentem para as palavras sublinhadas a medida que se se defende mentalmente de mais um ataque sutil feito pelos opositores da adoração verdadeira.
Tradução de António Pereira de Figueiredo 
Esta versão em volume único foi publicada em 1821,foi considerada por muitos como sendo  melhor que a versão Almeida, apesar de não ter sido baseada nos idiomas originais.  Teve boa acolhida entre católicos e protestantes, todavia, eu nunca vi um evangélico criticando-a sob a alegação de que “não é uma tradução dos originais”.
O Padre António Ribeiro dos Santos traduziu os Evangelhos de Mateus e Marcos no final do século XIX, baseado na Vulgata.
Em 1933, com apoio papal, o padre Matos Soares publica sua tradução da Bíblia em português, traduzida a partir da Vulgata. Ganhou a aprovação da Igreja Católica, sendo a mais popular no Brasil, desde que foi publicada em 1942. Já viu alguém criticando a versão Matos Soares por ter sido publicada a partir do Latim ?
A Editora Paulinas publicou desde a década de 1950 até 1990, a Bíblia traduzida da Vulgata Latina pelo padre português Mattos Soares na década de 1930.
Em 2009 foi publicada a versão Reina-Valera em Português, uma tradução brasileira a partir da versão espanhola Reina-Valera.

No Brasil o início das traduções da Bíblia foi algo lento, os autores utilizaram textos já traduzidos das línguas originais para o Latim, foram traduzidos apenas partes e se concentravam no Novo Testamento. Devido à falta de tipografias os textos eram impressos em Portugal. O Bispo refugiado de Coimbra, Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré foi o primeiro a se emprenhar nesta tarefa, traduzindo o Novo Testamento da Versão Almeida para o Português a partir da Vulgata.


 Resposta:
1-Temos muitas versões em português traduzidas direto dos originais:

  • Almeida Revista e Atualizada,
  • Almeida Contemporânea, 
  • Almeida Revisada, 
  • Almeida século 21, 
  • Almeida Revista e Corrigida,
  •  Almeida Corrigida e Revisada, 
  • Alfalit
  • NVI
  • Tradução Brasileira 
  • Ave Maria (Católica)
  • Edição Pastoral (Católica)
  • Ecumênica
  •  Nova Bíblia de Jerusalém(Católica)
  • Bílbia Mensagem de Deus (Católica)
  • CNBB (Católica)


2-João Ferreira não se utilizou da Vulgata Latina e sim dos textos originais:
O processo de traduçãoPouco ou nada se sabe a respeito de como Almeida traduziu a Bíblia. As atas da Igreja Reformada em Batávia dão atenção a problemas administrativos como impressão, distribuição e discussão com autoridades, mas pouco ou nada informam sobre a tradução ou outras questões relacionadas com o texto. Para o Novo Testamento, o único texto disponível naquele momento era o assim chamado “texto recebido”. A edição mais recente desse texto era a segunda edição publicada pelos irmãos Elzevir, em 1633, o que não significa que Almeida se valeu exatamente desta edição. Além do original, Almeida teve acesso a outras traduções, como a espanhola, a francesa e a italiana. No Prefácio da obra “Diferença da Cristandade”, traduzida por Almeida do espanhol para o português, em 1684, diante da falta de uma Bíblia Portuguesa completa, Almeida remete o leitor à versão espanhola da Sagrada Escritura. Sua intenção era, como ele mesmo diz, “dar-vos assim em breve toda a Escritura Sagrada em vossa própria língua. Que é a maior dádiva, e o mais precioso tesouro, que nunca ninguém, que eu saiba, até o presente vos tenha dado”.
As revisões do texto de AlmeidaA tradução do Novo Testamento feita por Almeida foi revisada antes de ser publicada em 1681 e, quando o texto foi publicado, já necessitava de imediata revisão. Depois, em meados do século XVIII, ainda na ilha de Java, foi feita uma revisão do texto de toda a Bíblia. A segunda grande revisão, chamada de “revisão de Londres”, foi feita cem anos mais tarde, entre 1869 e 1875. Vinte anos depois, em 1894, ainda em Londres, o mesmo texto foi corrigido quanto à ortografia e alguns termos obsoletos foram substituídos. A edição de 1898, feita em Lisboa, viria a ser conhecida como Almeida Revista e Corrigida. Ao longo dos anos, essa edição vem sofrendo atualização gráfica e pequenos retoques no que diz respeito a termos arcaicos e palavras que mudaram de significado. A mais recente dessas revisões foi feita, no Brasil, em 1995.
 A atualização de Almeida no BrasilEm 1943, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira juntamente com a Sociedade Bíblica América, que atuavam no Brasil naquele tempo, decidiram preparar e publicar uma revisão da tradução de Almeida. Essa revisão, que, a partir de 1948, passou aos cuidados da Sociedade Bíblica do Brasil, viria a ser conhecida como a Almeida Revista e Atualizada. Dela participaram biblistas e vernaculistas de renome, membros das mais diversas denominações evangélicas presentes no Brasil naquela época. A revisão do Novo Testamento foi publicada em 1952. A revisão do Antigo Testamento foi concluída em menos tempo, em 1956, porque uma pequena comissão se dedicou a essa tarefa em regime de tempo integral. A Bíblia toda só foi publicada em 1959. Uma segunda edição de Almeida Revista e Atualizada foi publicada, no Brasil, em 1993.

A base textual do Novo Testamento em Almeida Revista e AtualizadaUma das diferenças entre as edições Revista e Atualizada e Revista e Corrigida diz respeito ao texto grego adotado como base para a tradução do Novo Testamento. No século XVII, Almeida dispunha somente do assim chamado “texto recebido” (textus receptus), que tem sua origem no Novo Testamento Grego editado por Erasmo de Roterdã, em 1516, e baseado em alguns poucos manuscritos gregos copiados durante a Idade Média. Não há nenhum mérito ou valor especial nessa “decisão” tomada por Almeida. A rigor, não houve decisão nenhuma da parte dele. Ele não tinha escolha, pois o “texto recebido” era o único texto disponível naquele tempo. Durante os séculos 19 e 20, entretanto, foram descobertos manuscritos gregos mais antigos, muitos deles copiados no quarto século d.C. e até mesmo antes disso.

A partir desses manuscritos, que estão mais próximos do tempo dos evangelistas e apóstolos, passaram a ser publicadas edições do Novo Testamento chamadas de “edições críticas”. O termo “crítico” indica que essas edições permitem que se faça a crítica textual, ou seja, a comparação entre o texto que se considera original e as variantes ou alternativas textuais (inclusive as do textus receptus), que aparecem ao pé da página. Para a edição Revista e Atualizada, decidiu-se traduzir o melhor texto grego disponível naquele momento, que era a 16ª edição do Novo Testamento Grego editado por Erwin Nestle. Esse Novo Testamento Grego, é bom que se registre, foi sendo reimpresso sem alterações até o surgimento da 26ª edição, em 1979.

Uma das diferenças entre o texto crítico e o “texto recebido” diz respeito à extensão do texto. Com o passar do tempo, à medida que se faziam novas cópias do texto grego, anotações colocadas à margem dos manuscritos começaram a ser incorporadas no próprio texto, como se pode verificar a partir de uma comparação com manuscritos mais antigos, que não trazem esses acréscimos. O “texto recebido” reflete essas tendências expansionistas. O texto crítico, por sua vez, por seguir os manuscritos mais antigos, é um texto mais breve, em determinadas passagens. Visto que a edição Revista e Atualizada se baseia numa edição crítica, esses acréscimos, típicos do “texto recebido”, deveriam ter sido tirados na tradução. No entanto, em respeito a Almeida, o tradutor, e ao leitor familiarizado com esses textos, eles foram mantidos, só que entre colchetes, como se pode verificar em Mt 5.22, 6.13, etc. Os colchetes indicam que o texto que eles contêm consta da tradução de Almeida, feita no século XVII, mas não faz mais parte do texto grego do Novo Testamento que hoje é considerado original.
 Outras diferenças entre a Revista e Atualizada e a Revista e CorrigidaAlém desta diferença quanto à base textual, a edição Revista e Atualizada se caracteriza pelas seguintes modificações em relação ao Almeida antigo, ou, então, a edição Revista e Corrigida: 1. Foram eliminados cerca de dois mil tipos de cacófatos ou desagrados cacofônicos, como “tatu” (“volta tu também”, Rt 1.15), “alice” (“e todo o Israel ali se achou”, Ed 8.25), etc. Nessa mesma linha, para evitar um mal entendido (“avós”), passou-se a usar, em certos contextos, a locução “a vós outros”. 2. O nome de Deus (“Javé”), no Antigo Testamento, foi traduzido por SENHOR e impresso em versalete, isto é, com letras maiúsculas. 3. A primeira letra da palavra que inicia um parágrafo foi impressa em negrito. 4. Os textos poéticos, como, por exemplo, Salmos, passaram a ser impressos como poesia. De modo geral, Almeida Revista e Atualizada difere de edições anteriores em aproximadamente trinta por cento do texto.  
http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=59
A questão não é se existe traduções de traduções, a questão é, que o correto, é traduzir direto das línguas originais e não a partir de traduções já existentes.





Os que afirmam que a TNM é uma versão “a partir do inglês” demonstram serem parciais e desinformados em suas críticas devido a motivos teológicos. Além disso revelam certa insensibilidade a verdadeira critica textual. Por que afirmo isso? Versões da Bíblia posteriores aos autógrafos  foram produzidas em línguas como latim, cóptico, siríaco e armênio. Um exemplo é uma versão cóptica duma parte da Bíblia do sexto  do sétimo século EC. Como é que versões como estas ajudam os peritos bíblicos e os críticos textuais? Tais versões são em geral traduções mui literais dos manuscritos gregos que os tradutores usaram. “Se o texto grego usado pelo tradutor era bom”, explicou o Sr.Wilfrid Lockwood, bibliotecário do Museu de Dublim, “é evidente que a versão proverá importante ajuda na tarefa de recuperar as palavras originais do grego”.
Em Dublim, Irlanda,  os papiros Chester Beatty são os mais preciosos manuscritos na biblioteca. Foram escavados de um cemitério cóptico (egípcio) por volta do ano de 1930. “[Foi] uma descoberta”, disse Sir Frederic Kenyon, “que se rivaliza apenas com a do Códice Sinaítico”. Observe então como os verdadeiros eruditos encaram um tradução literal da palavra de Deus, como sendo um tesouro. Será que estes eruditos ou pesquisadores rejeitaram textos coptas sob a alegação de que são “traduções dos textos em hebraico e grego”?
Resposta:
Não, mas não devem ser usados em detrimento dos originais grego, hebraico, pois são apenas traduções e não o texto original!


Conclusão: A tradução do Novo Mundo é uma Tradução de uma Tradução, com consultas aos originais!!



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